3.11.08

oceanosonoro


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Querido amigo K,
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O começo veio do som.
Sentido antigo, de instinto, de manter-se vivo.
Muito respeito pelo seu pão sonoro.
Mas podeira ser só.
Mas "só" não cabia. Não ali.
Lembro que era domingo, desses modorrentos.
E através de vibrações vindas de um rádio, soou:
" Gente pelamordedeus, vocês tem que ver esse documentário, A carne é fraca, pe-la-mor-de-deus."
O peito ficou pequeno.
Eu estava trilhando o mesmo caminho estreito.
E sua mensagem foi longe irmão, e eu tinha que te dizer, por mais que você já soubesse.
E um dia te vi muito próximo.
Num pedaço de papel te confessei, meu respeito, admiração.
Letras espremidas.
Muito sentimento. Pouco papel.
Te entreguei, mas nem olhei pra trás.
"que vexame."

Pra você, sem palavras.
Aliás elas nunca conseguem dizer tudo o que agente poderia.

Com o coração aberto e a mente inquieta, meu deus, cumprimenta o seu deus.

Axé.


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