Era uma noite quente, na beira de um cais esquecido.
Eu olhava o céu. Um céu com tantas estrelas como eu nunca vi.
Sob o espelho de água marrom, olhinhos escuros nos observavam atentamente.
Curiosos.
Aí vieram os saltos e gotas de rio.
Era como uma apresentação de boa vindas.
Silêncio.
Foi quando eu vi a primeira.
Ela foi caindo. Cadente. Muito rápida para pedidos de última hora.
Mas aí veio outra, e outra.
O peito estava estranho.
Era um temporal de estrelas.
Mas eu não chorei. Pelo menos você não viu.
Só os olhinhos escuros de boto debaixo do espelho d'agua.
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