caiu uma, depois outra.
as pernas eram suas asas
o prumo eram duas rodas.
no peito tinha tanta coisa.
mais outra.
o céu abriu
e derramou no meio da cidade.
era ela.
ela pediu.
podia buscar uma laje, um pedaço de abrigo.
era tanta água, batia nos olhos,
entrava na boca.
o cabelo grudado no rosto,
sua meias molhadas.
a cidade era aquilo.
boiando lixo e sonhos
borrada de fuligem.
e ela nadava voando.
lembrando de coisas,
sorrindo dos seus segredos.
vestida somente de água.
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