19.7.10

pai maior



pois é.
o meu querido pai maior, vulgo tempo, sempre presente, me aliviando, ralhando, devorando tudo.

*

estavam bem juntos.
e naquele blackbook algo aconteceu.
ficou olhando como eram os movimentos dele.
e ficou olhando. e olhando.

e viu que eram lindos.
eram firmes e limpos.
não dava pra saber pra onde iam, porque ele parava, e ia pra qualquer lugar.
o desenho ia crescendo, e ela teve a impressão que podia nunca ter fim.

ele fazia a caneta dançar e era tão bonito de ver.

e naquele momento fêz-se a luz. nele.
e ela viu.

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