18.11.07

PRA DOR: AMORES




Cheguei no orelhão e nada, ninguém atendia o telefone.
Vontade de morrer.
Não saberia dizer, mas, a pé, eram vários quilômetros.
Fazia uma noite abafada e chorosa.
Seria uma caminhada.
E além da mochila pesada eu levava um ventilador quebrado.
O jeito era se jogar sem pensar muito.
Fui caminhando.
Em poucos minutos meu corpo todo molhado e o vestido encharcado.
Soltei os cabelos.
A gotas de chuva iam deslizando entre eles, levando embora o cansaço de um dia quente, poluído, de sorrisos falsos e terceiras intenções.
O coração batia rápido.
A chuva ia refrigerando meu corpo e meu espírito.
Um cheiro forte de mato e terra molhada me embalavam pensamentos de gratidão, amor...

Cheguei em casa sã e salva.
Alma lavada, pés sujos de barro, e o coração tranqüilo.


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